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quarta-feira, junho 07, 2006

A escola como factor de centralidade

No meu tempo da Secundária, eram muitos os alunos oriundos de concelhos vizinhos. A ausência de ensino secundário nesses locais fazia com que viessem para o Marco jovens de Baião, de Cinfães e até de Resende, tirando partido das ligações rodoviárias e ferroviárias que os ligavam ao Marco. Todos nós pudemos fazer amizades com colegas dessas paragens, do lado de cá e do lado de lá do Douro.

Alguns fizeram a partir daqui o seu percurso de sucesso. É o caso, designadamente, do jornalista da TVI, Vítor Pinto, um baionense que foi meu contemporâneo, ou do actual presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro, uns anos mais novo.

Contudo, esta centralidade induzida pela Escola Secundária, que ia formando as novas elites dos municípios envolventes, nunca foi aproveitada pelos poderes políticos em benefício do Marco. Seria natural que o Marco fosse criando condições para atrair e fixar os jovens que para cá vinham estudar, mas o que aconteceu não foi isso. O Marco acabou por ser usado instrumentalmente, porque nunca houve uma estratégia adequada para afirmar o Marco no contexto da região envolvente. Visto à luz dos dias de hoje, parece óbvio que o Marco teve na mão uma oportunidade de ouro e não a soube aproveitar em seu benefício.

O que é que, hoje, ligará essas pessoas ao Marco? E quantos ficaram ligados à nossa terra? Será que não há quem queira participar neste blog com as suas memórias e reflexões?


ps: eu sei que no último jantar estavam alguns colegas de Baião, mas julgo que a sua presença só reforça a razão de ser deste meu comentário.

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