Foi das maiores vergonhas da minha vida! Creio que foi no 5º ano, era meu professor de português o meu falecido tio José Pereira Coutinho. O prof. tinha encomendado uma composição, a fazer no fim de semana, sob o tema "Que os cravos de Abril não murchem na primavera". Coisa que não era muito preocupante para um tipo como eu, que lia muito e escrevia facilmente. Só que esqueci-me da tarefa e, no domingo à noite, tive de inventar. Sem ideias e sem vontade, não descobri coisa melhor que não fosse inspirar-me de forma muito pouco discreta no livro "Esteiros", de Soeiro Pereira Gomes. Pensei que passava. Não passou. Estava eu, dias depois num qualquer aula, quando a funcionária entra e pede ao professor que me deixe ir à sala ao lado, que o Dr. Coutinho queria falar comigo e coisa e tal... Achei estranho. Mas fui, que remédio! E o meu tio, à frente daquela malta toda, entregou-me a composição. Lapidar: o Soeiro Pereira Gomes tem 20, mas tu levas zero! Que grande vergonha!
terça-feira, junho 13, 2006
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3 comentários:
Ó Quim Manel, sempre admirei os teus escritos, mas plágio não me passava pela cabeça que fizesses...
Espero que não tenhas plagiado mais nenhum desses escritos.
Uma palavra de saudade para esse grande Senhor que foi O Dr.José Coutinho.
Um abraço
Vá lá que plagiou uma coisa boa, os Esteiros. Para quem não leu, faça o favor de ler e depois reconhecer, pelo menos, o bom gosto do Quim Manel
Eu li os Esteiros à Prof. Marcelo, na horizontal ou na vertical ou lá como é e para fazer um trabalho a um colega! É assim que se apanha cultura-geral, no desenrascanço! Ah!, o livro é do João e ainda não lho devolvi...
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